Como já informamos anteriormente, desde agosto deste ano até abril do ano que vem, está sendo realizado o Curso para Sucessores. Que dentre muitas pessoas, alguns brasileiros já realizaram este curso, em japonês, e entrevistamos um deles, o sr Toshimitsu Kosaka, que atualmente trabalha no Departamento de Missões Exteriores da Tenrikyo – Divisão de Tradução. Para nos contar um pouco sobre o que é o curso, o seu dia a dia, entre outras curiosidades.
O que você achou do curso?
Toshimitsu - O curso em si é muito proveitoso. As palestras são de muito bom conteúdo, e as experiências do palestrante são as que mais me chamaram a atenção. Por que digo sobre as experiências, é por que acredito que são onde nós podemos aprender mais e se porventura depararmos com algo parecido, saberemos como passar e refletir da melhor maneira possível sobre a situação.
As opiniões diversificadas dos participantes também nos ajudam a refletir sobre o nosso cotidiano e prática diária do Caminho. Todos são seguidores do Caminho, mas cada um em seu lugar e posição diferente em relação ao Caminho, mas acredito que todos estão direcionados a melhorar aquilo que tem dificuldade em praticar, todos procurando se ajudar, querendo melhorar a si próprio e buscando a melhor forma de ajudar as pessoas a sua volta.
Houve alguma atividade da sua Igreja-mor antes ou depois do curso?
Toshimitsu - Sim, antes de irmos ao alojamento do curso, nos reunimos no próprio alojamento, onde encontramos todos os participantes da mesma edição da Igreja-mor.
Tivemos orientações e explicações sobre a postura durante o curso.
Após o encerramento, nos reunimos novamente no alojamento, e realizamos uma reflexão sobre o curso, somente com as pessoas da Igreja-mor. Recebemos orientações sobre a conduta espiritual após concluir o curso, do Condutor da Igreja-mor, e depois durante o almoço, um bate-papo “descontraído” sobre o curso.
Como é a rotina do curso? É cansativa?
Toshimitsu - Os 3 dias de curso são variados, há dias que são puxados e dias que não. No primeiro dia, foi muito tranqüilo, ouvimos primeiramente as palavras do Shimbashira, e depois palestras e deliberação entre os participantes. No segundo dia, as atividades começaram bem cedo, com aulas, vídeos, deliberações e palestras, a mudança de local das aulas também foi constante nesse dia, mas nada que seja cansativo, pois os locais são todos próximos.
No terceiro e último dia, já desde cedo, muito antes do Sol raiar, já deixamos as malas prontas e saímos para o Serviço Matutino, tivemos vídeo e deliberação, e retornamos somente após a cerimônia de encerramento, com a palestra do Diretor do Departamento de Assuntos Administrativos, Massahiko Iburi.
No geral, o curso em si não é cansativo, e sim corrido, pois a programação é seguida ao pé da letra, os horários são seguidos à risca, para que o planejamento não tenha alterações, creio que não seja nada de difícil acompanhar. Para alguns pode ser que pareça corrido, por não estarem acostumados com essa rotina, mas acredito que como são apenas três dias, não haverá nenhum problema de adaptação.
O que você menos gostou do curso?
Toshimitsu - Não é o que não gostei, mas é em relação ao horário da janta. Jantar às 16 horas da tarde é um pouco complicado, pois desregula o sistema digestivo, mas como são apenas três dias, não tem o que reclamar.
Realmente não tenho o que reclamar, por que os encarregados, estavam se dedicando ao máximo e dando toda infra-estrutura e tranqüilidade para podermos fazer o curso sem nos preocuparmos com nada. Só temos que agradecer a dedicação de todos.
Que dica você daria aos brasileiros que irão participar do curso em janeiro?
Toshimitsu - Procurar descansar bem, e dormir bem durante a noite, pois as aulas e palestras são muito longas, e se não estiver bem descansado, com certeza irá dormir durante a aula, então o importante é procurar dormir no horário e descansar bastante. Além do que, em Janeiro vai estar muito frio, procurar se agasalhar bem, principalmente durante a manhã.
Se fosse possível, você faria em língua portuguesa?
Toshimitsu - Sim, pois os sentimentos são diferentes, muitas vezes o que realmente queremos falar, nós não conseguimos nos expressar em japonês da forma que eles possam entender. Claro que, nem entre brasileiros não conseguimos transmitir corretamente o que pensamos, mas pelo fato de serem brasileiros, ficamos mais tranqüilos, já que podemos utilizar de várias expressões para transmitir o que desejamos.