土曜日, 8月 27, 2005

Tenrikyo no Mundo

© Sede Missionária da Coréia do Sul

Vista frontal da nova Sede Missionária da Coréia do Sul, inaugurada em 2002


"Após 58 anos, a Sede Missionária da Coréia do Sul tem o altar de Deus-Parens e Oyassama de volta em terras sul-coreanas."



Não se sabe ao certo, mas considera-se que a divulgação de nosso Ensinamento iniciou-se em 1893 pelo rev. Satomi da Igreja Kochi (atualmente Igreja-Mor). Com a notícia de um divulgador na penísula coreana, a Igreja Kochi envia o seu filho Hanjirou, porém antes da partida ele regressa à Jiba. Nesse momento, Hanjirou recebe uma Indicação Divina (Ossashizu) autorizando a sua ida para a Coréia. Assim, pai e filho iniciam a expansão da fé nesse país.

Em 1895, a Igreja Kochi reconhece oficialmente a divulgação dos dois missionários (rev. Satomi e seu filho Hanjrou) auxiliando na regularização das viagens entre Japão e Coréia. Após o ocultamento físico de Oyassama em 1896, as atividades de missionamento ficam sob inspeção rigorosa devido ao monitoramento do governo da época. Por outro lado, essa dificuldade de divulgação dentro do Japão acende o sentimento dos seguidores de procurarem novas fronteiras e a Coréia torna-se o local ideal. Com isso, há um aumento de missionários que atravessam o mar em busca de novos seguidores. Certamente não foi uma tarefa fácil, porém as igrejas trabalharam ativamente para a regularização da situação desses missionários. O pólo de migração foi Pusan, em que a Sede Mundial reconheceu a fundação de uma Casa de Divulgação nessa cidade, chegando a atrair em dois anos mais de 70 seguidores coreanos.

Entrando no século XX, há um crescimento no missionamento na capital Seul com o envio de missionários das Igrejas-Mores Minakuchi, Koto, Takayasu e Hinaga. Além desses grupos formados pelas igrejas, muitos missionários (que partiram sozinhos) realizaram ativamente a divulgação nesse país.

Em 1908, rev. Kititarou Matsumura (Ministro da Sede) foi convocado para acompanhar pessoalmente as mudanças legais no reconhecimento das religiões na Coréia. Devido a fatores históricos entre Japão e Coréia, complexos reconhecimentos constitucionais tiveram que ser empreendidos entre os dois países. Muitos textos religiosos que foram proibidos de serem publicados no Japão, também tiveram o seu direito de publicação vetados na Coréia. Por esse motivo, muitos seguidores transmitiam os ensinamentos dos textos memorizados, de boca em boca.

Entrando na Era Taisho, em que a Coréia encontrava-se numa situação desconfortável como colônia japonesa, movimentos de independência aumentavam a cada dia. Nesse aspecto, o Ensinamento adquiria características nacionalistas. O sentimento anti-nipônico crescia e os seguidores coreanos transformava a fé que havia iniciado no Japão, como a sua própria doutrina, tornando a divulgação entre os coreanos mais intensa.

Todavia, com o início da Segunda Guerra Mundial o Caminho na Coréia assume um estado turbulento em que novas seitas e ramificações da Tenrikyo vêm surgindo. Dentro disso, fusões e disputas também são travadas. Além disso, o nacionalismo exacerbado e total sentimento anti-Japão dificulta a expansão do Caminho a partir daquele momento, ou seja, a Tenrikyo sendo uma religião japonesa, torna-se inimiga da sociedade e os seguidores são considerados como pessoas "vendidas ao inimigo".

Anos depois, a diplomacia entre os dois países vem a se tornar amena e, muitos textos são publicados como: Doutrina de Tenrikyo, Vida de Oyassama, entre outros, sob forte pressão em relação a tradução pela Sede Mundial.

Atualmente, a Coréia ocupa o topo no número de seguidores fora do Japão e a sua tendência é de crescimento acelerado. Em setembro de 2002, a Sede Missionária da Coréia do Sul foi transferida da capital Seul para Gimhae, próximo de Pusan. Na realidade, após a Segunda Guerra Mundial, o altar de Deus-Parens e Oyassama foram devolvidos para a Sede Mundial e a Sede Missionária perde a sua força como ponto de referência dos seguidores. Em contrapartida, as Igrejas-Mores tornam-se responsáveis pelo impulsionamento da fé em terras sul-coreanas. Todavia, após longos 58 anos, em julho de 2003, o altar de Deus-Parens e Oyassama volta ao seu local original, reanimando os ânimos com objetivo de maior unificação dos seguidores desse país.

fonte: Tenrikyo Jiten