木曜日, 6月 29, 2006

Notícias - Kentei

© Depto. de Missões Exteriores

Os cursistas reunidos para a foto oficial da 1ª Etapa Curso para Condutores de Igreja



"Deu-se início a 1ª Etapa Curso para Condutores de Igreja de nº 202 - Classe de Português , com a participação de 58 brasileiros. É a segunda classe de português neste ano comemorativo do Decenário. A primeira foi realizada entre 27 de abril e 14 de maio. Nesta edição, o período compreende entre os dias 27 de junho e 14 de julho. Na Cerimônia de Abertura, rev. Hirano (Chefe da Seção do Curso de 3 dias), salientou que o curso tem como objetivo aproximar-se de Deus-Parens e Oyassama na convivência conjunta em Jiba, além de ter um contato mais íntimo com a doutrina e Textos Originais (Escritura Divina e Hinos Sagrados). Tendo à frente o Prof. Responsável, rev. Luís Murakami, todos fizeram os votos de se dedicar com afinco no quente verão de Oyassato (Terra Parental)."

火曜日, 6月 27, 2006

Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil do Exterior

"Para saber mais sobre o Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil do Exterior do Regresso das Crianças à Jiba (Kodomo Ojibagaeri) dos 120 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama, em que o Brasil também irá participar, procuramos a Buin* da Associação Infanto-Juvenil da Sede, Kátia Nozuma, que na correria dos preparativos para o grande evento, está se dedicando com muito suor nos objetivos da associação e esperando com muita alegria o regresso de todos. Para saber os detalhes...confira!!! "

O que é o Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil?
Mais conhecido como Sho-Hi (abreviando Shonen Hinokishin-Tai), é um Corpo de Hinokishin formado por jovens da faixa etária ginasial do Japão (de 11 a 14 anos), que se dedicam no Regresso das Crianças à Jiba, com o intuito de alegrar e divertir os regressantes, além de auxiliar nos eventos, como também, realizar o hinokishin servindo chá gelado. Com isso, fazem amizades e descobrem por si mesmos a alegria de praticar os ensinamentos de Deus-Parens e Oyassama.

Qual a duração do Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil?
A programação geral é de 5 dias, porém as crianças que virão do Brasil só poderão participar por 4 dias, pois já estarão partindo ao Brasil no penúltimo dia. Assim, o dia do desfile no Oyassato Parade foi alterado para o dia 26, para que os brasileiros também possam participar dessa atividade.

Como é a programação do Sho-Hi?
Tem como base as atividades em grupo, ou seja, todos dormem no mesmo local (38º Moya) e são divididos em grupos por países ou regiões do Japão e, para o Hinokishin, são subdividos e realizam junto com outros grupos, do Japão como também de outras associações. A atividade principal é o hinokishin de servir chá aos regressantes, mas inclui também o Desfile do Oyassato Parade; confraternização para os que regressam de outros países; participação nas atividades do Kodomo Ojiba Gaeri; entre outros.

Dentro de tudo isso, existe algo que o difere dos outros anos por estarmos comemorando os 120 Anos do Ocultamento Físico de Oyassama?
Temos uma meta geral para o KOG deste ano comemorativo. É um incentivo à participação, tendo como objetivo, ampliar em 100 mil pessoas o número de regressantes. Conseqüentemente, teremos um número maior de pessoas. Todos os anos, as crianças do Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil participam do Manabi (Ensaio da Dança das Mãos) após o Serviço Matutino, na Residência de Oyassama e, excepcionalmente neste ano do Decenário, no dia 29, participarão as crianças do Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil do Exterior.

Qual o número de participantes previsto para o Corpo de Hinokishin Infanto-Juvenil?
No total, já temos a confirmação de 148 participantes, dos quais 42 são do Brasil, sendo 27 meninos e 15 meninas.


O que é o difere das atividades do Shonenkai do Brasil?
A diferença é que o principal do evento é o Hinokishin. As crianças vão proporcionar alegria ao próximo, descobrindo a alegria de praticar os ensinamentos de forma natural e se divertindo. Não temos como objetivo proporcionar diversão a eles. Na verdade, priorizamos o hinokishin no intuito de que encontrem a alegria da fé e possam plantar boas sementes aqui na Terra Parental.


© Depto. de Missões Exteriores

Um dos carros alegóricos para o Oyassato Parade e a Buin brasileira Kátia

buin* é membro da Associação da Sede, aptos a auxiliar nos cursos de orientação por todo o Japão; tornar-se staff no Regresso das Crianças a Jiba (Kodomo Ojibagaeri), entre outros.

月曜日, 6月 26, 2006

XVIII Caravana de Regresso

© Depto. de Missões Exteriores

XVIII Caravana de Regresso


"A XVIII Caravana composta por 43 regressantes chegou em Jiba na noite do dia 24 de junho. Após o pernoite no Alojamento Brasil-Canadá, todos participaram do Serviço Matutino da Sede. Muito animados e sorridentes, a grande parte participará da 1ª Etapa Curso para Condutores de Igreja (Kentei Koshu Zenki)."

Serviço Mensal de Junho

© Depto. de Missões Exteriores

Vista do Recinto de Reverência Oeste (à esquerda) e Sul (à direita)




© Depto. de Missões Exteriores

Pátio Interno vazio, devido a forte chuva do dia de hoje




"Chuva, chuva, chuva. Desde ontem, Jiba está sob forte chuva, dificultando o regresso dos seguidores no Serviço Mensal Junho. Ao contrário das previsões de um mês tranqüilo, ou seja, sem muitos seguidores, Jiba foi tomada por várias caravanas de regresso desde de sábado, correspondendo o desejo do Shimbashira de deixar a Terra Parental sempre animada todo este ano do Decenário. O Serviço teve início às 9 h, presidido pelo Shimbashira, acompanhado pela sua comitiva. Tanto os recintos como os corredores e escadas ficaram totalmente lotados, enquanto o Pátio Interno e arredores ficaram vazios. Logos após o cerimonial, tivemos a palestra do Ministro da Sede, rev. Motoyoshi Tomimatsu, que enfatizou de que para salvarmos o próximo, antes de mais nada, sempre devemos nos colocar na posição das pessoas e tentar compreender a dor daqueles que sofrem."

月曜日, 6月 19, 2006

XVII Caravana de Regresso

© Depto. de Missões Exteriores

Membros da XVII Caravana de Regresso, em frente ao Recinto de Reverência Leste, após o Serviço Matutino

"A XVII Caravana de Regresso à Jiba composta por 34 regressantes chegou em dois grupos, 28 pessoas na noite de 18 de junho (via EUA) e seis pessoas na noite de 19 de junho (via Europa). Todos chegaram bem e animados, apesar da cansativa viagem. Após a pernoite no Alojamento 38° Moya, o primeiro grupo participou do Serviço Matutino na Sede ."

月曜日, 6月 12, 2006

Notícias - Serviço Mensal Representativo

© Depto. de Missões Exteriores

Seguidores brasileiros, latinos e japoneses, reúnem-se para realizar o Serviço Representativo, após 4 meses


© Depto. de Missões Exteriores

Todos participam do Serviço alegremente e, logo após realizam o almoço de confraternização


"O Serviço Representativo de Junho foi realizado no último dia 11 (domingo) com muita alegria pelos participantes e organizadores, após quatro meses sem a realização do mesmo devido à intensa programação neste festivo ano do ocultamento físico de Oyassama. Aproximadamente 40 pessoas estiveram presentes e, após o Serviço, ouviram a saudação do Responsável do Alojamento Brasil-Canadá, onde o evento é realizado e algumas orientações da organização a respeito do Serviço Representativo e seu significado. Além disso tivemos a apresentação dos novos membros brasileiros e latinos que irão residir em Jiba partir deste ano. Logo após, foi oferecido um almoço de confraternização preparado com muita dedicação desde o dia anterior. "

Especial - Lembranças

"O especial "Lembranças" volta com fotos coloridas e exclusivas dos locais em que Oyassama viveu até o momento de seu ocultamento físico."

Lembranças de minha mãe aos 11 anos de idade

Sra. Tamae Nakayama*

PARTE I

A minha mãe nos relatou algumas lembranças de sua vivência com Oyassama. A seguir, escreverei as suas memórias.

A minha mãe acabara de completar 11 anos de idade. Apesar de ser a única herdeira de nome da família Nakayama, obviamente por causa de sua precocidade, não participava das reuniões e discussões dos membros da Residência.

Relato da sra. Tamae Nakayama:

"Nessa época, eu dormia no 'quarto de 8 tatames' junto com Hissa**. A vovó (Oyassama) dormia na parte oeste de estrado superior (mais alto). Lembro-me muito bem de que Hissa e Massa*** cuidavam diretamente de Oyassama.

E quando ela estava de bom humor, sempre dizia: 'Tama-san (Tamae), vem aqui. Vem dormir comigo. Quando você pegar no sono, a Hissa pode te carregar de volta para o seu quarto'.

E assim, eu dormi várias vezes com ela. Por mais que eu seja criança, o 'quarto de 4 tatames' era pequeno, então muitas vezes eu não conseguia dormir. (...)Também, vovó chamava o Shinnosuke (Shimbashira I): Vem dormir aqui você também. Os pais de vocês também dormiam perto de mim...acho que eles não conseguiam descansar direito..."

A Oyassama chamava a minha mãe de Tama-san. Por outro lado, o meu pai (Shimbashira I), minha mãe e minha tia-avó (Massa), chamavam a Oyassama de "vovó". Hissa é a prima de minha mãe da família Kajimoto, que posteriormente adquiri o sobrenome Yamazawa. Acredito que todos devem saber que foi a pessoa que cuidou de Oyassama até o último momento de seu ocultamento. A tia-avó Massa, como todos também devem saber, é a filha primogênita de Nossa-Mãe. Oyassama viveu na Casa Repouso desde a sua transferência na noite do dia 26 de outubro de 1883. Como citei há pouco, ela repousava no quarto de estrado superior de 4 tatames. As pessoas mais próximas ficavam ao quarto anexo denominado de "quarto de 8 tatames".

PARTE II

"Depois de ficar enferma, o fusuma (porta em estilo japonês) que separava o 'quarto de 4 tatames' e o 'quarto de 8 tatames' ficou completamente fechado. Até então, esse fusuma ficava aberto para as visitas dos seguidores. Também, os mestres recebiam as orientações neste 'quarto de 8 tatames', porém devido as circunstâncias, lembro-me que eles se retiraram na antiga Casa de Repouso.


O seu pai (Shimbashira I), Hissa** e Massa*** ficavam o dia inteiro ao lado dela cuidando-a diretamente. Quando surgia algum imprevisto ou quando se realizavam reuniões, alguém do lado de fora chamava: 'Com licença, sr. Nakayama'. E assim, o seu pai se levantava e saía do quarto.


Após o fechamento do fusuma, a entrada e saída das pessoas passou a ser realizado na parte voltada ao norte do quarto. Como eu ainda era criança, ninguém me dava atenção, mas como ficava impaciente com o estado da vovó (Oyassama), ia espionar pela fresta da porta e o seu pai e Hissa me chamavam sempre a atenção.


Como o travesseiro em que a vovó estava dormindo estava voltado para o norte, crianças não podiam chegar perto para não importuná-la. Acho que por isso sempre me chamavam a atenção. Hissa e Massa ficavam ao lado leste, sempre massageando os pés e as costas dela. O seu pai ficava no lado oeste e, de vez em quando fazia massagem nos ombros..."

PARTE III

"Acho que foi em meados de dezembro...não me lembro ao certo, mas as pessoas comentavam que a vovó (Oyassama) não estava se alimentando direito. Preocupados com essa situação, realizavam deliberações todas as noites (...)"



"Foi exatamente no dia 26 de janeiro, quando estava no 'quarto de 8 tatames' e repentinamente o seu pai (Shimbashira I) disse para mim: 'Você também vai executar o Serviço!' Então, toquei o koto. Não me lembro quem e qual o instrumento cada um tocou. Será que seu pai deixou registrado em algum lugar? (pensativa) Lembro também que o ser. Umetani e mais alguém não puderam participar do Serviço. Hissa** e Omassa*** ficaram o tempo todo junto com a vovó. Ainda nessa época, o Serviço era executado na parte de fora, onde se encontra o Kanrodai. A Dança da Mãos era realizada do sul virada para o norte (como atualmente). Eu estava sentada na parte oeste tocando o koto, mas não me lembro bem a respeito. Seu pai estava com a firme decisão: 'Qualquer que seja a situação, concentrem-se somente no espírito!' Respeitando essa ordem, todos se prepararam para o Serviço. Como eu era criança, usei um quimono vermelho e acompanhei a Yoshie (Iburi)."


Pelos registros das Indicações Divinas (Ossashizu), participaram 19 pessoas no Serviço de Kagura e Dança das Mãos, acompanhados somente por koto, shamissen e kotuzumi.

FINAL

"Com o término do Serviço, fui levada pela Yoshie (Iburi) até o altar para reverenciarmos. Nesse momento, comentei com ela se a vovó já tinha almoçado. E ela respondeu que provavelmente sim. Depois, Yoshie me levou até o 'quarto de 8 tatames' e foi embora. Estranhei que não havia ninguém e, como sempre, dei a volta pelo corredor para espiar o que estava acontecendo no quarto da vovó. Todos acreditavam na melhora da saúde de Oyassama, após a realização do Serviço. Certamente, ela abriria o 'portal' e todos estavam com o espírito alegre.

Espiando pela fresta da porta, o seu pai já estava lá e com o rosto vermelho disse em voz alta: 'Prima, pode entrar!' Fiquei assustada. Como poderia falar tão alto, se a vovó ainda estava descansando. Nunca que iria imaginar que ela tivesse descansado para sempre.

Hissa disse: 'Prima, olha como a vovó está...'

Puxou a minha mão de encontro com o rosto de vovó, mas mesmo assim eu não estava acreditando naquela cena...

Ela estava fria...

Não pude conter o meu choro. Lembro-me que seu pai disse para eu não chorar. Ele se levantou: 'Vou avisar à todos. Não saia de perto da vovó!' Nesse momento Hissa estava junto comigo.

Desculpe, não consigo mais comentar mais detalhes sobre esse momento."

Shozen Nakayama (Shimbashira II)

*Neta de Oyassama e filha de Shuji e Matsue. Casou-se com o Shimbashira I, tornando-se a primeira esposa de Shimbashira. Foi também, a fundadora e I Presidente Mundial da Associação Feminina.
**ou Ohissa. Neta de Oyassama e filha de Oharu (filha de Oyassama) e Soujiro Kajimoto. Irmã do Shimbashira I e prima de Tamae. Veja Kokan Nakayama:
***ou Omassa. Filha mais velha de Oyassama que fundou uma ramificação da família Nakayama.

Obs: A série Lembranças foi extraído do livro de memórias Dogushu (Material) escrito pelo Shimbashira II, Shozen Nakayama. Neste livro, Shimbashira II relata em detalhes sobre alguns momentos de sua vida e, principalmente transcreve sobre as lembranças de sua mãe e esposa do Shimbashira I, sra. Tamae Nakayama.

Casa-Portão Sul
© Depto. de Missões Exteriores

Casa Portão Sul, onde Oyassama viveu entre 1875 e 1883

"No fim do ano de 1875, ficou concluída a Casa-Portão Sul. Oyassama, que morava no quarto estradado no norte do Local do Serviço (construído por Izo Iburi e conservado pela Sede), transferiu-se ao quarto de dez tatames da casa-portão. Normalmente, ela ficava sentada em cima do armário transmitindo dia e noite a vontade de Deus-Parens àqueles que vinham procurá-la."

Fonte: Dados de Referência da Vida de Oyassama

Casa Repouso

© Doyusha
A parte externa e interna da Casa Repouso.


© Doyusha

Uma rara imagem colorida dos "quartos de 8 e 4 tatames", onde Oyassama viveu fisicamente entre 1883 e 1887


© Depto. de Missões Exteriores

Planta da Casa Repouso de Oyassama

"O acabamento interno da Casa Repouso de Oyasama foi concluído no outono desse ano. Era uma casa de cerca de 5,50 por 7,30 metros, com dois quartos, um de quatro tatames e outro de oito. Oyassama, conforme a indicação de Deus-Parens, esperou a chegada do momento oportuno e, na noite de 25 de novembro (26 de outubro no c.1.), transferiu-se da Casa-Portão Sul para a Casa Repouso recém-construída. À tarde desse dia, ela terminou de jantar, trocou as vestes e esperou serenamente a chegada do momento. Afinal, o ministro foi avisá-la de que tudo estava pronto. No quintal, os devotos que vieram recebê-la, estavam esperando enfileirados à margem da sua passagem com lanternas acesas às mãos. Entretanto, Oyassama continuou sentada ainda serenamente no estrado, dizendo somente: 'Sim? Tudo está pronto? Vou me transferir quando chegar o momento.' Tudo estava preparado e as pessoas esperavam ansiosas. Mas, ela permanecia pacientemente esperando a chegada do momento. Do ponto de vista humano, podia-se pensar que tudo terminaria mais cedo caso ela se transferisse imediatamente, porém, tratava-se de Oyassama, que não desviava a atenção da vontade de Deus-Parens, mesmo diante de qualquer circunstância. Nessa sua atitude pode-se rememorar vivamente a sua imagem como Sacrário de Tsukihi. Assim, o tempo foi passando e já eram altas horas da noite, quando ela disse à neta Tamae:'Bem! Chegou o momento, mudemos. Vem Tama-sam.' Em ambos os lados da sua passagem, os seguidores superlotavam o jardim ansiosos a sua espera, com as lanternas de papel acesas, nas quais estavam impressos os nomes das respectivas irmandades: Turma Shinmei, Turma Meishin e outros. Banhada pelas luzes tremulantes das lanternas que iluminavam de ambos os lados a sua passagem, Oyassama, então, com 86 anos de idade, avançou silenciosamente entre a multidão, conduzindo numa das mãos Tamae, neta direta de sete anos de idade, que era conduzida na outra mão por Hissa Kajimoto, também, neta. À medida que avançava, levantava-se e ressoava seguidamente o som das batidas das palmas das duas paredes humanas ali formadas. Muitos anos depois, Tamae reportou suas impressões, dizendo: 'Naquela ocasião, embora não entendesse a razão do que acontecia, acompanhei a minha avó conduzida pela mão. Pensando agora, embora fosse uma distância tão curta, naquela noite pareceu-me um trajeto muito longo.' Finalmente, Oyassama que chegara à Casa de Repouso, sentou-se silenciosamente no quarto estradado, chamou Shinnossuke e Tamae e fez sentarem um de cada lado, dizendo:'Venham e sentem-se aqui.' Logo depois, iniciaram-se as saudações a Oyassama. O ministro abria e fechava a porta corrediça, a cada vez que os visitantes se apresentavam, anunciando o nome das irmandades como das turmas Shinmei e Meishin. As apresentações continuaram uma após outra, com o ministro, durante a noite toda. A Casa de Repouso era uma construção na qual os devotos haviam concentrado todo o coração. Assim, encontrar-se pessoalmente com Oyassama, que nela entrara pela primeira vez, recém-transferida após esperar tanto até o momento determinado, fazia inflamar nos seus corações uma grande emoção apesar do frio dessa noite de geada."

fonte: Vida de Oyassama - Minuta

火曜日, 6月 06, 2006

Entrevista - Serviço do Kagura - Parte III

© Doyusha
Da esq.: Yoshikazu Nakayama, Toshihiko Iburi, Matsutaro Komatsu, Tomohiro Itakura e Masanobu Nakayama.


CONTINUAÇÃO...

"Numa época em que a Sede tentava expor ao mundo a sua posição em relação a criação da humanidade, foi publicada em 1980, a revista Tenri IV. Em uma das matérias, há uma entrevista com alguns membros do Pessoal do Serviço. Numa conversa descontraída e direta, os Ministros da Sede relatam como é executar o Serviço que representa o início da humanidade."

O Pessoal do Serviço (Tsutome ninju*)
PARTE I

Pergunta: Hoje, estamos tendo a honra de ter a presença de alguns membros do Pessoal do Serviço e gostaríamos de conversar sobre vários assuntos. Primeiramente, os senhores poderiam nos relatar o que sentem no momento da execução do Serviço de Kagura?

Itakura: Eu vim para ouvir o que vocês vão dizer. (risos) Pois é, nós nunca conversamos sobre esse assunto. Nunca perguntei: 'Ei, o que você sente na hora que está executanto o Serviço?' Acho que mesmo perguntando, ninguém responderia...

Yoshikazu Nakayama: O momento é o momento. Quando encerramos a execução e damos conta de si, não tem como expressar o que sentimos naquela hora.

Itakura: Na verdade, não temos tempo para ficar pensando muito à respeito. Fico me concentrando em não errar os movimentos dos pés e das mãos. Fico sobrecarregado em não errar o meu papel no Serviço. É, é muito gratificante e emocionante, sem dúvida. Por outro lado fico pensando: Olha onde eu estou! (risos). Bem, acredito que a preocupação em não errar seja o principal para mim.

Iburi: Eu também. Só penso em não errar.

Itakura: A partir do momento que entramos na área que circunda Jiba, ficamos "vazios" por dentro. Lógico que sentimos algo, mas acredito que todos se concentram em estarem totalmente "vazios" espiritualmente e, sobretudo, não errar os movimentos.

Iburi: No meu caso, treino um dia antes, quando sou escalado para o Serviço. É, não podemos errar. Temos que ser responsáveis em nossa função e, por esse fato que faço questão em treinar uma vez que seja. É muita tensão.

Itakura: Tomar banho faz a gente se refrescar de um certo modo, mas não conseguimos lavar e relaxar o espírito...todos estão muito concentrados com os movimentos.

Concentrando-se para estar puro

Yoshikazu Nakayama: Se formos pensar na razão divina, não podemos errar a nossa função na reconstituição do ato em que os seres humanos foram criados. Se pensarmos racionalmente, é fácil, mas naquele momento, temos que nos concentrar em não pensar em absolutamente em nada. Não é a representação da grandeza do momento da criação da humanidade. Na realidade, são gestos instrospectivos, de nosso interior. Temos que estar absolutamente "puros".

Massanobu Nakayama: Não podemos errar em absoluto. Estamos todos concentrados em executar os movimentos que são ensinados para nós. Não penso mais em nada.

Itakura: Fico tão nervoso que não tenho tempo para ficar pensando nos outros no momento que entro naquele quadrilátero. (risos)

Komatsu: A partir do momento que coloco a máscara, esqueço quem sou eu e executo para corresponder a razão da minha função. É de primeira importância. Se vacilarmos, a execução fica comprometida, por isso é um momento muito delicado.

Yoshikazu Nakayama: O Serviço Mensal é o dia mais tenso do mês. Não é a primeira vez, é mensal. É certo que estou acostumado, mas só o fato do Serviço ter-se encerrado magnificamente e sem contratempos, é um alívio muito grande. Na realidade, dias antes, tudo é muito desgastante. Não é pela execução em si, é a responsabilidade em corresponder a função.

O Pessoal do Serviço executam os movimentos ao redor do Kanrodai (Pedestal do Néctar)

PARTE II
Pergunta: Eu mesmo já tive a impressão de vê-los com semblante de alívio quando encerra-se a execução do Serviço...

Itakura: Não é só impressão...é isso mesmo. Ficamos aliviados.

Yoshikazu Nakayama: A situação de quando coloco a máscara e depois que tiro é bem diferente.

Komatsu: A primeira vez que participei do Serviço foi na Festa Natalícia de Oyassama de 1960 (18 de abril de 1960), quando eu estava com 70 anos de idade. Você deve me entender. Foi a primeira vez, por isso, estava muito emocionado e nervoso. Estava bastante concentrado também.

Rev. Iburi tem alguma lembrança em especial dos Serviços executados até então?

Iburi: A primeira vez que executei o Serviço, foi quando o então rev. Komatsu era o Diretor-Geral de Assuntos Religiosos e rev. Itakura (ambos presentes na entrevista) me ensinaram os gestos do Serviço. Eu sou míope, então tenho que tirar os óculos para colocar a máscara. Fiquei muito nervoso, com medo de errar, mas é grande a força de Deus naquele momento. Também tem o Serviço do Parto Feliz que executamos à noite e no escuro. Esse Serviço em especial fico muito aliviado quando tudo termina.

Komatsu: Cada qual tem uma função a executar. Por exemplo: os movimentos do Tsukiyomi tem que ter vigor e força, enquanto do Kashikone deve ser leve como uma brisa, então, assim sendo não podemos errar os movimentos dessas providências. Se errarmos, acabamos por subjulgar a importância dessa razão, e não por menos que ficamos tão nervosos.

Yoshikazu Nakayama: Somos orientados de que errar o movimento pode comprometer as nossas próprias vidas. Sem ficar pensando em que seremos criticados por errar esse ou outro movimento, mas na realidade devemos refletir que simplesmente tudo será comprometido, não ficarmos preocupados com os problemas particulares. Aí que está a importância do nervosismo. É lógico que seria pretensão minha ficar refletindo a respeito dessa razão a todo o momento, mas pelo menos na hora da execução é fundamental.

PARTE III

A tensão às vésperas do Serviço...

Pergunta: Ouvi falar que há um ritual de purificação antes de executar o Serviço de Kagura. Existe alguma cerimonial em especial?

Iburi: Não há nada em específico a ser realizado. No meu caso, tomo um banho para purificar o meu corpo. O sentido desse Serviço é bem diferente dos rituais que são realizados nos templos comuns.

Itakura: Se for criada uma regra, certamente alguém vai violá-la...(risos)

Yoshikazu Nakayama: Tomar um banho de manhã, momentos antes do Serviço, é um modo de deixar o seu corpo limpo e fresco. Outra maneira, é deixar tomado banho na noite anterior, antes de se deitar. No meu caso, se eu sei que não vou ter tempo para tomar banho no dia, já deixo feito na noite anterior. A minha mãe por exemplo (que viveu até os 89 anos de idade) trocava todas as peças de seu vestuário íntimo no dia do Serviço.

Itakura: Minha mãe separava tudo. O vestuário para entrar naquela área é à parte.

Yoshikazu Nakayama: A minha mãe tinha roupas separadas especialmente para o Serviço. Até as peças íntimas eram especiais...

Itakura: Nesse ponto, as mulheres são perfeccionistas...

Massanobu Nakayama: Lembro que a minha avó já preparava o penteado no dia antes...

Yoshikazu Nakayama: A nossa avó foi orientada diretamente pela sra. Tamae (neta de Oyassama e esposa do Shimbashira I). Parece que a sra. Tamae era uma pessoa extremamente exigente. Se compararmos nós com as pessoas daquela época, estamos tranqüilos demais...

Tsutome-ninju*: ou Pessoal do Serviço. São membros que executam o Serviço do Kagura e das Mãos na Sede. Os executantes do Serviço do Kagura são escolhidos pelo Shimbashira dentre os Ministros (Hombuin) e Senhoras da Sede (Hombu-fujin).