金曜日, 11月 11, 2005

Entrevista

© Depto. de Missões Exteriores

Toshimitsu e Assako em frente a entrada principal do Depto. de Missões Exteriores da Tenrikyo (Kaigaibu)


"Atualmente, 2 funcionários brasileiros prestam serviços na Divisão América Latina do Depto. de Missões Exteriores. Confira a entrevista abaixo com Toshimitsu Kosaka e Carolina Assako Suzumura."

Como é o seu dia a dia na divisão?
Toshimitsu Kosaka - "Muito alegre, divertido e trabalho é o que não falta. As adversidades são constantes, pois em certos momentos o que compreendemos da língua japonesa não é suficiente, mas sempre procuro estar estudando. "


Quais são as atividades que a divisão promove ou auxilia no departamento durante o ano?
Toshimitsu - "
Somente na nossa Divisão América Latina, promovemos durante o ano muitas atividades como: o encontro dos seguidores brasileiros (uma vez a cada 2 anos) que moram aqui no Japão; para os estudantes latinos que estudam nas escolas de Tenri promovemos um encontro entre eles, para que possam entrosar-se e conhecer um pouco da cultura dos países vizinhos; no mês de julho, é realizado o Seminário de Oyasato, tanto em português como em espanhol, onde auxiliamos nas atividades e nos preparativos. Além disso, temos as caravanas de regresso a Jiba, onde oferecemos toda a infra-estrutura para que todos possam regressar a jiba e retornar ao seus países com tranquilidade. Juntamente com o departamento, auxiliamos nas atividades relacionadas aos regressantes de todos os países. Servimos como um meio de informações entre os estrangeiros e a Sede, onde tudo o que acontece no exterior é nos informados e repassamos a Sede e vice-versa."


Qual é o papel da divisão e como é trabalhar juntamente com os assuntos de todos os países que falam o espanhol?
Toshimitsu - "Trabalhamos aqui com todos os países da América Central e do Sul, onde o idioma é praticamente o espanhol, exceto o Brasil. É um pouco complicado, primeiro pelo idioma, apesar de dizermos que é bem parecido. Contudo, os trabalhos aqui realizados são praticamente os mesmos, mudando apenas o idioma. Trabalhar com outro idioma é muito importante, assim não ficamos presos somente ao japonês e português. Aprender um pouco de espanhol é algo muito importante para podermos sempre estar em comunicação com todas as pessoas da Amércia Latina."

Como é trabalhar na Divisão América Latina?
Carolina Assako Suzumura - "É uma loucura!!! No bom sentido ... aqui escutamos português, espanhol, japonês e 'portunhol'. Como somos vizinhos da Divisão América do Norte e Oceania, também, o inglês. Como a maioria dos que trabalham aqui têm experiência com outras culturas, acredito que são mais compreensivos, há um respeito entre todos. Quando conheci esta Divisão, foi uma surpresa organizar arquivos com documentos e fichas preenchidas pelos próprios pioneiros da divulgação no Brasil. Lendo suas expectativas, seus objetivos, fiquei emocionada pela fé e coragem deles. Trabalhar aqui, é gratificante, acima de tudo! Lembro-me muito bem de quando regressei a Jiba para participar do Seminário de Oyasato. Foi tudo tão bom, e nunca imaginei que havia tanta gente envolvida, ajudando nos 'bastidores' para que tudo desse certo, pessoas que talvez não conheci, e não pude agradecer ... é gratificante saber deles, e hoje fazer parte deste grupo. Espero poder ajudar para que todos que regressam a essa Terra Parental possam voltar para suas casas felizes, como eu fui ... cheio de boas lembranças e histórias para contar!"


O que você aprendeu trabalhando aqui em Jiba?
Assako - "Graças às pessoas que pude encontrar aqui, tenho tido a oportunidade de refletir sobre a minha própria fé. Hoje, vejo que não devemos utilizar o Ensinamento para pressionar as pessoas, mas sim para animá-las, incentivá-las. Tenho aprendido também, que vinha fazendo muitas coisas simplesmente porque tinha que ser feito, ou porque alguém mandava, me esquecendo da importância de descobrir alegria aí, e realizar qualquer coisa que seja, com o coração."



Quais as suas expectativas em relação aos 120 anos?
Assako - "Tinha receio de fazer alguma determinação espiritual, pois achava que seria uma falta de consideração se não pudesse cumpri-la, mas uma missionária me disse, que a falta de consideração está em não fazer nenhuma determinação. É pequena, mas fiz, e quero cumprir com minha determinação. Antes de ocultar-se fisicamente, Oyassama disse 'A partir de agora, farei a salvação'. Espero que possamos nos unir cada vez mais a Oyassama, animando e reafirmando a nossa fé."